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sábado, 16 de setembro de 2017

Denúncia de Janot detalha envolvimento de paraibanos para favorecer Temer; confira documento

 
Nas citações feitas pelo procurador, o deputado federal Manoel Júnior é apontado como ‘Bob Paraíba’, enquanto Aguinaldo Ribeiro seria “membro da organização criminosa”

Por: Blog do Gordinho
A nova denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, visa atingir o presidente Michel Temer (PMDB), mas pode respingar em políticos paraibanos citados no documento que detalha o esquema de recebimento de propinas para compra de políticos de vários partidos. Apesar de não serem alvos diretos, Manoel Júnior (PMDB) é citado oito vezes por seu relacionamento próximo com o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), enquanto Aguinaldo Ribeiro (PP), líder do governo Temer na Câmara, teria feito acordos para troca de cargos dentro da gestão. O documento foi encaminhado para Supremo Tribunal Federal (STF) que vai decidir pelo recebimento ou não da denúncia.
Confira documento completo da denúncia feita por Janot
Nas citações feitas por Janot, o deputado federal cassado, Eduardo Cunha (PMDB), é citado como ‘Bob’ nas anotações do operador financeiro Lúcio Funaro, enquanto Manoel Júnior aparece como ‘Bob Paraíba’. “Manoel Júnior, atual vice-prefeito de João Pessoa/PB, deputado federal à época do fato, aparece na movimentação financeira de Funaro com um dos desdobramentos da conta de Eduardo Cunha (BOB”), com o codinome ‘bob-paraiba‘”, escreve o procurador. Ele acrescentou em outubro de 2014, o parlamentar paraibano teria recebido o montante de R$ 150.000,00, sendo que R$ 50.000,00 teriam sido entregues no escritório de Funaro e R$ 100.000,00 parcelado em três TED’s.
O procurador diz ainda que Cunha atuou de forma decisiva para aprovar a alteração legislativa que favorecia o Banco Pactual utilizando-se, para tanto, da Emenda 376, apresentada pelo peemedebista. “Cabe acrescentar que, assim como Eduardo Cunha, o deputado federal Manoel Júnior também foi beneficiado por doação do BANCO BTG PACTUAL S.A”, diz. “Ademais, nas movimentações dessa data foram entregues a ‘BOB’ um total de R$ 800mil […] salienta-se que ‘BOB/PARAÍBA’ em verdade, refere-se a Manoel, JÚNIOR (Manoel Alves da Silva Júnior), atual vice-prefeito de João Pessoa/PB e deputado federal à época dos fatos”, detalha. Ao todo, Janot diz que foram identificados 191 registros de doações eleitorais a políticos do PMDB realizadas por empresas.
O procurador analisa que, nas eleições de 2010 e 2014, Eduardo Cunha consolidou-se como uma forte liderança na Câmara dos Deputados e não apenas em relação à bancada do PMDB e do PSC. Ele também tinha o apoio de diversos parlamentares do SD, PR, DEM, PP e do próprio PT. Só para sua campanha à Presidência da Câmara, entre agosto de 2014 e janeiro de 2015, ele teria gasto mais de R$ 30 milhões de reais. O valor foi debitado da propina devida pelo grupo J&F em razão dos financiamentos obtidos na CEF e pelo menos R$ 5.600.000,00 foram usados a fim de pagar depósitos em favor do PMDB Nacional e outros parlamentares indicados pelo próprio Eduardo.
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), que é líder do governo na Câmara, também é citado na denúncia no momento do rearranjo do núcleo político ocasionado com a chegada de Michel Temer (PMDB) na presidência da república. Janot afirma que Aguinaldo é membro da organização criminosa. Segundo Janot, o novo núcleo político da organização criminosa negociou com o PP a Presidência da Caixa Econômica Federal, o Ministério da Agricultura e o Ministério da Saúde’, tendo os nomes para os cargos sido indicados por Ciro Nogueira e Aguinaldo Ribeiro, ambos membros da organização criminosa e, respectivamente, Presidente e Líder do Partido na Câmara à época.

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